sábado, 26 de fevereiro de 2011

CONFLITOS DE GERAÇÕES

CONFLITOS DE GERAÇÕES


Os desencontros que surgem entre o uso das tecnologias de informação e comunicação surgem por diversos fatores, sejam eles sociais, políticos/ profissionais ou até por opção das partes.
Em geral, podemos destacar como fatores sociais, a formação diferenciada que teve o docente em relação à formação do discente, foram universos (sociais) totalmente diferenciados, onde a prioridade de cada época também eram e são totalmente diferentes. Como fatores políticos/profissionais , destaco a empregabilidade existente nos dias atuais, onde não há estabilidade no emprego, nem a disposição das empresas de manter um funcionário de carreira, o que deixa o docente temeroso quanto ao seu ganha-pão, enquanto o discente já está se formando com essa nova perspectiva e sabendo se adequar e até aproveitar-se dessas oportunidades, mudando de área, emprego, tarefa, conforme a necessidade, percebida por esse discente, do mercado de trabalho. Os fatores opcionais de cada parte partem do fato de que para o docente é mais prático sistematizar seu trabalho, chegando a um padrão ideal (para ele), onde ele precise somente replicar essa prática/aula, possibilitando a ele uma interação com sua família, com suas ambições profissionais (mestrados, doutorados, pesquisas), até um tempo para socialização e entretenimento.
Para o discente, que normalmente não tem esposa, nem filhos; sua família, a esse ponto, está em outro plano de prioridade, e que a formação profissional é sua prioridade maior, sua ênfase está na dedicação ao estudo e capacitação profissional, onde ele precisa e usa todos os mecanismos disponíveis para atingir essa meta.
O ideal seria que o docente estivesse à frente do discente, em todas as áreas, tanto do conhecimento, quanto da utilização dos melhores mecanismos, porém, pelos fatores citados acima (e de muitas outras particularidades que são inerentes a cada indivíduo), o que acontece na atualidade é que o docente se prende no seu conhecimento, valorizando-o (e até desprezando o discente), como forma de tentar manter o controle, pois ele não acompanha o desenvolvimento tecnológico que a juventude está inserida e que utiliza com toda naturalidade.
Com isso aulas tediosas são armas utilizadas por muitos docentes para manterem seus empregos (e até sua hierarquia), o que além de não contribuir em nada com o desenvolvimento pleno do aluno, até o desencoraja e atrapalha, quando este encontra um mercado de trabalho diferente do qual o docente enfrentou, onde o discente encontra uma concorrência imensamente capacitada, onde as empresas escolhem os mais diferenciados, podendo, além de escolher melhor pela quantidade, oferecer menores salários, sem nenhuma estabilidade nem condição de seguir carreira, ou seja, enquanto o funcionário for útil, ele está empregado, quando não for mais (ou se tornar mais caro que um novo) ele simplesmente perde seu emprego.  
Apesar das novas tecnologias e o fato dos alunos apresentarem maior domínio das tecnologias que os professores; cabe ainda ao professor o papel de dirigente do processo ensino aprendizagem. A atualização docente, o diálogo e a ligação afetiva entre professor e aluno é a principal ferramenta para uma efetiva e significativa aprendizagem.



Jacques e Maurício

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